China economiza 40 bilhões de sacolas plásticas em um ano
Por Época Negócios online
Há quase um ano, mais precisamente desde 1º de junho do ano passado, o uso de sacolas plásticas está proibido na China. Desde então, 40 bilhões de sacolas deixaram de ser produzidas. O volume equivale a uma redução de 66% na produção, de acordo com a Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional (NDRC).
Pelas estatísticas, para produzir todo o plástico economizado, seriam necessárias 1,6 milhão de toneladas de petróleo.
A proibição vale para supermercados, lojas e feiras de rua. Pela determinação está impedida a distribuição gratuita de sacolas plásticas. Em vez das "sacolinhas", os estabelecimentos devem oferecer bolsas reutilizáveis. Qualquer lojista que desobedeça a lei receberá uma multa de 10 mil iuanes, mas poucos são aqueles que já receberam uma multa em Pequim. Em pequenas lojas e em feiras de rua ainda é possível levar as compras para casa em sacolas plásticas, mas as grandes redes de supermercados, como Carrefour e Wal-Mart, estão superadaptadas à ação verde, oferecendo uma versão reutilizável. Somente nas 106 lojas do Wal-Mart, a redução do uso de sacolas chegou a 80% somente no ano passado. “É apenas uma questão de hábito”, disse a caixa do supermercado Wal-Mart, Zhan Nan, ao “China Daily”. “As pessoas acham difícil no começo, mas depois se acostumam”. Boa parte dos chineses já aderiu ao costume de carregar uma sacola (de plástico ou de pano) para ser usada na hora de fazer compras, da mesma maneira que fazem alemães, irlandeses, ingleses e franceses.
A proibição às sacolas plásticas é apenas parte do esforço do governo chinês para melhorar sua imagem em relação à proteção do meio ambiente. Entre outras iniciativas estão o desenvolvimento de energia limpa e a diminuição das emissões de carbono. A China já alocou 21 milhões de iuanes (US$ 3.1 milhões) para essa empreitada, aproximadamente 5,25% do valor total do seu pacote de estímulo, orçado em 4 trilhões de iuanes. Segundo Shi Pengxiang, representante do Greenpeace China, é muito difícil convencer 1,3 bilhão de pessoas a não usarem mais sacolas plásticas. “Mas o importante é que já é um começo”, declarou.
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